quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A cada 06 (seis segundos) uma criança morre de fome.


Um dado alarmante, que parece ser uma realidade paralela a nossa, o de que a cada 06 segundos uma criança morre de fome no mundo. É algo surreal se pensarmos que quando estamos no aconchego de nosso lar, vendo TV e comendo aquela pipoca, e assistimos uma reportagem comentando o dado acima que é da ONU, logo temos que ter neles a credibilidade necessária para acreditar, ninguém faça nada ou pelo menos não vejamos fazendo.

Estranho é que vemos infinitas vezes mais comentários, textos e reportagens sobre o aquecimento global que sobre a fome no mundo. Da a entender que temos muito medo de vermos nossa vida prejudicada pelo Co², pelo desmatamento e pela poluição, mas toleramos bem que aqueles que morrem de fome não merecem preocupação. Basta você pensar quantas vezes ano você foi convidado a pensar na fome no mundo e quantas vezes teve que pensar no aquecimento global.

Outro dado que passa despercebido no nosso dia a dia é a alta do alimento em projeção que vi a poucos dias no saite Terra teremos uma aumento de 60% do valor da comida nos próximos anos. Mas voltando ao titulo deste texto, se hoje morre uma criança de fome a cada 06 segundos quantas morreram em um futuro próximo? Bem mais próximo, por exemplo, que o derretimento das geleiras no Himalaia.

A época que o painel da ONU noticiou que as geleiras derreteriam em 30 anos, foi um alvoroço com protestos de muitas ONGs, com criticas ferrenho aos poluidores, com europeus e norte-americanos falando a todo o momento que os países subdesenvolvidos estariam acabando com o mundo. Especificamente que nos brasileiros estávamos acabando com o patrimônio mundial “Amazônia” e que deveriam aumentar barreiras comerciais, sanitárias e ambientais para aqueles que aqui produzem.

Não teve a mesma repercussão quando ficou comprovado que os cientistas do painel ambiental da ONU erraram, para ser sincero mentiram, ao apresentar os dados do aquecimento e do derretimento das geleiras. E mesma sorte teve o fato aqui narrado de que morre uma criança a cada 06 segundos de fome no mundo, isso é real e acontece hoje não daqui 50 ou 10 anos, ou mesmo daqui 15 dias, aconteceu ontem e esta acontecendo enquanto você lê este texto. E contra isso não vemos campanha, não vemos protestos na ponte rio Niterói, não vemos uma ONG que coloca aquele “selo amarelo” de importação nas florestas desmatada e na madeira tida como irregular se manifestar acredito que para eles não seja algo tão rentável se manifestar contra a fome.

A fome e o preço dos alimentos estão intimamente ligados ao custo de produção e a possibilidade de se produzir na terra, quanto maiores as dificuldades, quanto mais barreiras e ônus de quem é lavrador maior será o preço pago no mercado pelo alimento. Deveriam aqueles que defendem um preservacionismo a qualquer preço, pensar que são tão culpados pela morte de muitos por fome quanto o qualquer ditador africano que por um punhado de diamantes proíbe seu povo de plantar.

Enquanto muitos pensam que é moda, que é intelectualmente correto serem preservacionistas esquecem que o preservacionismo real só existe para países pobres, estranhamente os mesmos que tem população que morre de fome. Talvez porque os mesmos abastados europeus e americanos que brigam contra a produção nos países subdesenvolvidos aceitem, e mesmo apóiem sua agricultura, de bom grado com subsídios e ainda que sequer discutam a possibilidade de implantar lá dois institutos que no Brasil são regra a reserva legal e as matas ciliares preservadas.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

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