sábado, 31 de dezembro de 2011

Mesmo estando no fundo do poço é possível se apreciar as estrelas.


Encerando o ano de 2011, resta a reflexão sobre aquilo que foi bom e o que não foi tão bacana assim, sobre os fatos que entraram para historia da vida e outros que serão jogados para baixo do tapete e postos no esquecimento. Infelizmente o Brasil tem muito mais a lamentar que a comemorar neste período festivo, novamente o ano foi assolado por crises políticas que, mês sim mês não, derrubaram Ministros do Governo Federal.

Novamente o povo brasileiro foi exposto, e não surpreendido vez que já se torna rotina, as mais diversas formas de desvio do erário publico, com fraudes que vão desde indícios de desvio de verba destinada a socorrer municípios que estavam em estado de calamidade devido a chuva no Rio de Janeiro até supostas fraudes no Ministério do Trabalho que envolviam ONGs que prestavam serviço de qualificação profissional de trabalhadores.

Economicamente o mundo esta vivendo um turbilhão financeiro, o Brasil aparenta estar melhorando sua economia, mesmo que para alguns a melhora seja aerada por um sistema de bolha, onde o povo se endivida para comprar coisas que não precisão, e principalmente não podem pagar, gerando assim mais emprego para as pessoas terem como se endividar ainda mais, e do imposto gerado pela produção e venda destes produtos se retire uma polpuda fatia que gera a redistribuição de renda no país a titulo de bolsas e programas sociais.

Porem como dito no inicio deste texto, do fundo do posso é possível ver as estrelas, mesmo o país não estando passando pelo melhor momento político e financeiro, já é possível notar uma certa diferença para melhor, no ano de 2011, o povo e a Presidenta Dilma, começaram a ver como anormal escândalos políticos. Assim os mesmos fatos que nos últimos 10 (dez) anos soaram como sendo normais, e foram intitulados como “sanguessugas, Mensalão, Deputado do Castelo não declarado, e José Sarney que virou sinônimo de coronel” agora são vistos como erros, e mais que isso como acontecimentos a serem combatidos, o rol anterior é apenas exemplificativo (o texto é curto para tantos que aconteceram).

Os mais otimistas já podem ver no povo, aquela fração do povo que não é alienada a ponto de somente fazer manifestação em rede social contra morte de cachorro, uma revolta contra os políticos desonestos, contra a mesmice, onde os políticos mandam e povo como vaca de presépio obedecer, e tal revolta já tem um singelo resultado, que pode parecer terrível, mas que ainda é melhor que a apatia de não se fazer nada, neste ano as pessoas que se envolveram em escândalos políticos pelo menos foram afastadas do Governo em uma necessária e tardia “Faxina Ética”, veja que nos escândalos anteriores os políticos foram brindados contra investigações.

Quem sabe para o ano 2012 possa o povo mais que ver apenas os políticos corruptos sendo afastados, também ver os desonestos punidos, com perda de cargos eletivos e principalmente com a perca dos milhões que pilharam dos cofres públicos diretamente, ou por “tabela” com consultorias milionárias que somente ensinaram e facilitam o caminho das pedras para aqueles que querem embarcar no trem da prosperidade do Governo, seja ele Federal, Estadual ou Municipal. Pode ser este o pedido para 2012, que comecem a se punir de maneira exemplar aqueles que usam terno e gravata, se bem que este era o pedido de Collor em 1989 e por este devaneio ele foi cassado, bem isso é tema para outro texto melhor nem entrar na discussão.

Seria mais fácil um mundo onde qualquer homem pudesse bater no peito e dizer que não gosta de política, que deixa a política apenas para aqueles que querem ela, porem infelizmente os que não gostam da política elegem e são governados pelos políticos e principalmente financiam todas as coisas boas ou ruins feitas pelos políticos com a rés publica, assim sendo tem sobre os ombros a culpa pelos desmandos e pelas tragédias vividas a cada dia no Brasil.

Portanto no ano de 2012, que tem eleição, é hora de todos os eleitores pensarem na responsabilidade do voto, refletirem que se o Brasil não tem segurança, tão pouco saúde, que o fato de a previdência social ser uma calamidade, bem como o disparate de o povo paga a 2ª maior carga tributaria no mundo, e ainda tem que pagar pedágio, escola particular, e ter um carro para ir e vir do trabalho simplesmente por não existir política de transporte publico em solo tupiniquim, a culpa por tudo isso é exclusivamente dos eleitores que colocam políticos despreparados no Governo.

Políticos estes que após serem eleitos tomam o governo de assalto, tirando dele tudo que podem, desde verbas desviadas, até terras misteriosamente tituladas em nome de detentores de cargos públicos e seus “laranjas”,  governos estes que tirando do povo a capacidade de pensar, a educação e o discernimento para julgarem entre o que é certo e errado, a ponto de o povo achar que distribuir dignidade é dar bolsa família a alguém, em detrimento de gerar emprego e renda garantida com o suor do seu rosto ao povo.

Para o próximo ano pode o povo mudar o Brasil, e com o voto, diferenciar a política publica da cidade onde vive, fazer algo diferente para que o ano seja desigual dos que passaram ou continuar na mesma rotina de sempre e passar por todas as mazelas já conhecidas. A mudança do país, deve ser feita a cada dia por homens e mulheres de bem, que querem mudar seus filhos e seus atos antes de mudar o mundo e que tem a consciência que se levam qualquer vantagem indevida, alguém esta pagando por ela.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

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