Passadas as
eleições municipais, se cria um novo senário, já se discutindo a eleição para
Presidente, e demais cargos que compartilha do mesmo preito eleitoral, onde os
derrotados nas eleições municipais, e os reeleitos nelas, já se projetam como pré-candidatos
aos mais diversos cargos, vez que politico, vive de cargo publico e no Brasil
se aceita com complacência que politico seja profissão.
Os reeleitos,
poderosos que são, vez que conseguiram se eleger e mesmo com o desgaste de mais
de 3,5 anos no poder, conseguiram agora se reeleger, os derrotados, por
entenderem ter “nome forte” já almejam novos cargos, vez que hoje estão
desempregados.
Porem um dos
principais pontos a serem discutidos pelos cidadãos, como eleitores que são, é
o que alguém deve fazer, ou ser, para merecer seu voto, quais características
um candidato deve ter para que você deposite nele sua confiança de administrar
sua vida pelos próximos 04 anos, é algo que incomoda aqueles que pensam antes
de votar, pois quais características devem ser analisadas quando se escolhe um
candidato.
Sabendo que voto
de protesto é a pior coisa que um eleitor pode fazer, vez que além de não
resolver os problemas já existentes ira com certeza lhe trazer outros, resta
pensar “que característica faz alguém merecer meu voto?”
Desta forma os
mais diversos motivos fundamentam a decisão do voto, que pode ser de piedade,
vez que beneficia pessoa que tem menor poder aquisitivo, ou ainda aquele que
por ter uma deficiência física ou problema de cunho pessoal e que não pode ter
uma vida laborativa. Na mesma linha resta o candidato “amigo” que passa a vida
toda dando tapinhas nas costas dos eleitores e que coloca como sendo amigo de
todo mundo, que muitos entendem por ser mais “humilde” merece o voto para se
eleger.
É de se pensar,
se vota o eleitor buscando ajudar alguém a titulo de assistência social, ou se
seu voto vale para fazer um amigo ou para manter as amizades já existentes, talvez
um grito por melhores políticos via voto de protesto ou se vota o eleitor
buscando eleger um governante, felizmente, em linhas gerais, na democracia,
aquele que for mais votado, independente de seus votos serem oriundos de
protesto, de piedade ou de ingenuidade dos eleitores, vai governar e assumir o
cargo que pleiteia.
Logo após esta
primeira analise vem um pensamento, se vota o eleitor por protesto, ou para
ajudar um candidato menos favorecido, ou ainda vota para um amigo, como pode
este eleitor cobrar que ele faça uma boa administração, quais critérios seriam
levados em consideração para julgar a boa administração, vez que o eleito não
foi votado para ter uma administração, mas por características que destoam de
qualquer logica.
Desta forma
resta prejudicada qualquer tentativa de se cobrar do eleito que ele honre os
votos recebidos, que defenda uma bandeira, vez que não esta no cargo por ser um
idealista, ou por ter um plano de governos, mas sim, ocupa a cadeira por uma característica
que nada tem relação com o cargo.
Nos últimos tempos
surgiu ainda uma nova leva destes candidatos, aqueles que por “prestarem” algum
serviço se intitulam paladinos da justiça e desde então se lançam a cargo
eletivo, como se tal fato lhe legitimasse a ganhar um voto.
Vê o Brasil tal
realidade quando um promotor por ter desarticulado uma quadrilha, ou quando um
delegado por ter realizado uma operação, daquelas com nomes mirabolantes, se lança
candidato e se elege tendo no curriculum somente o fato de ter participado de
tais atos, entendendo que por ter feito
um serviço certo pode se habilitar a um cargo eletivo.
Nos últimos meses,
especificamente nas ultimas semanas, tem o Brasil presenciado uma situação no mínimo
interessante, onde o Ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, que lá chegou por
merecimento, sem qualquer viés politico ou sem ser conduzido a corte via uma “cota
racial”, é cogitado nas mídias sociais, como um pré-candidato a futuro presidente
da republica, com diversas situações e pessoas atribuindo a ele o direito de
ser candidato a presidente.
Porem mesmo o Ministro
sendo homem honesto, de moral Ilibada, competente para o cargo que ocupa e
tendo feito justiça no celebrado julgamento da Ação Penal 470 (mensalão), de
fato tem o Ministro o tino politico que o cargo existe? Ele ter exercido com
bravura o julgamento do mensalão o da guarida para ser presidente da republica?
É de se pensar,
pois mesmo o ministro tendo exercido com maestria o oficio que lhe foi atribuído,
ele não merece o voto de alguém, pelo menos não por ter votado bem o mensalão, votar
de maneira justa, votar certo foi seu oficio que escolheu o ministro para
fazer, sua labuta diária, e exercer ela com maestria, nada mais significa, que
ele é capacitado para aquilo que faz.
Prestar um
trabalho de maneira certa, não é pré-qualificação para merecer um voto, da
mesma forma que todos os demais motivos anteriormente dispostos, é no máximo motivo
para se exaltar o trabalho que a pessoa tem feito. E uma bobagem do Brasileiro
que até o mês 07 sequer conhecia quem é Joaquim Barbosa e que hoje já o pré-qualifica
como salvador da pátria.
Ressalvo que
somente as redes sociais lançam o Ministro ao pleito da candidatura, sendo que
ele nunca manifestou ou relatou qualquer interesse.
Eugênio Barbosa
de Queiroz.
É Advogado,
pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas,
sugestão para textos eugeniobq@gmail.com
passei uma temporada sem escrever.
por uma coisa ou por outra acabei deixando o blog meio desatualizado.
espero que agora consiga manter ele sempre atual e com coisas novas.
bem quanto ao texto escrevi de forma rápida, apenas para voltar a postar texto.
gostaria que desse sua opinião, sobre o que achou, sobre o que pode melhorar.
bem comente ai.
abraço e obrigado.