Você deve ser dono do seu tempo.

“Nunca tenho tempo para nada”.
A frase acima talvez seja na atualidade a que melhor reflete a maneira de viver das pessoas, todos passam os dias sem tempo para nada, correndo contra o relógio e brigando, em uma luta constante, contra os ponteiros onde parece que a pessoas esta sempre 5 minutos, ou 24 horas, atrasada. E como contra-senso a isso geralmente as mesmas pessoas que dizem que não tem tempo para nada ao final do dia costumam dizer que não fizeram nada, que passaram o dia todo ocupadas, mas mesmo assim não fizeram qualquer coisa.

Viver em um mundo onde a cada dois anos se produz o dobro da informação já existente de fato consome muito tempo e é um tanto quanto tumultuado, mas também é confortante, pois toda a informação adquirida ate aqui fez com que o homem evoluísse durante todo este período para que soubesse aproveitar melhor seus dias, fazendo aquilo que é necessário e também que conseguisse distribuir seu tempo para fazer aquilo que é essencial.

Porem algo há de errado, pois ninguém tem tempo para nada, as famílias não têm tempo de se reunirem para realizarem as refeições junta ou de assistirem um programa na TV, os pais não têm tempo de irem, a escola de seus rebentos, ver se os filhos de fato estão estudando ou se saíram para uma festa qualquer, pior que isso muitos sequer sabem se de fato o filho que saiu de casa, endereçado a escola foi ate lá ou se extraviou no caminho indo para algo que geralmente possa ser perigoso ou ilegal.

Estranho também é ver no tempo que o Google facilita uma busca, a tal ponto de trazer em um toque algo que na década de 80 demoraria algo como uma semana e livros devorados para se saber, ou ainda em tempo onde um relatório pode ser feito e enviado sem uso de papel caneta ou correio, ver pessoas dizendo que não tem tempo. Será que as evoluções sofridas pelo mundo e pelas pessoas fizeram com que o povo desaprendesse a organizar seu tempo? Ou será que as pessoas simplesmente banalizaram o tempo aprendendo apenas a reclama e não se esforçando para fazer nada daquilo que devem.

Em um país de contra-senso, triste estória tem o Brasil, onde as pessoas preferem receber um beneficio indevido, que geralmente se torna legal com uma lei, mas não deixa de ser imoral, a levantarem no clarear do dia e trabalharem para manter seus sustento, ecoa ate hipócrita a proposta de querer que as pessoas saibam organizar sua vida e tempo, na realidade onde os horários são certo, e fiscalizados por tantos órgãos fiscalizadores, o trabalhador que tem 08 (oito) horas de trabalho, 08 para descanso e 08 para lazer, constantemente diz que não sobra tempo, ou meia hora, para praticar um exercício, ou para corrigir a lição do filho.

De fato aquele que acorda as 04 da matina e pega 03 conduções para chegar ao se trabalho que inicia as 07 horas, e no fim da tarde as 17 horas, sai do trabalho pegando novamente o transito horrível e chegando em casa as 21 pode dizer que não tem tempo para nada, mas o amigo leitor, que chega no trabalho as 08 da manha, tem intervalo para almoço entre 12:00 e 14:00 saindo do trabalho as 18, morando a menos de uma hora do trabalho, porque não tem tempo para nada? Seria de fato falta de tempo ou falta de organização ou de coragem para fazer aquilo que não faz por alegar falta de tempo?

Se você acredita que foi criado por Deus (independente de qual deus seja o seu) responda a uma questão, você de fato acredita que Deus faria uma de suas criações para não ter tempo de realizar aquilo que lhe é oficio? Porem se o amigo leitor for ateu e acredita plenamente que o homem chegou ate aqui por mérito próprio, consegue mesmo acreditar que um ser que evoluiu tanto quanto o homem não consegue elaborar uma agenda de maneira que lhe sobre tempo para fazer as tarefas rotineiras do dia a dia?

Talvez seja hora de assumir amigo (a) que você tem tempo, mas que não Sabe, ou não quer, se organizar para que consiga fazer tudo aquilo que precisa, ou quer, no tempo que tem. Uma sugestão é que comece a aproveitar melhor seu tempo, fazendo aquilo que de fato é necessário, pense que homens como Bill Gates e Barack Obama, não só dão conta de fazer tudo aquilo que precisam e querem como ainda tem tempo de marcarem seus nomes na seleta lista de pessoas que saíram da mesmice para serem lideres, políticos ou empresariais, no caso, mas lideres daquilo que pleitearam ser.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

Para Pensar.

O que realmente o Brasil tem a comemorar no dia da educação?

Esta semana, para ser bem exato no dia 28 de Abril, Quinta Feira, se comemora no Brasil o dia da educação, com certeza a data ira passar despercebida talvez com uma notinha em jornal ou com uma reportagem entrevistando um professor que merece o titulo de herói, só pelo fato de ser mestre. Mas nas escolas, onde de fato acontece a educação não haverá comemoração, mas na verdade há o que comemorar?


No Brasil infelizmente nunca a educação foi tida como prioridade, seja ainda na colônia quando os jesuítas foram expulsos daqui, e passou o povo colonizado longo período de quase sem anos sem professores ensinando na colônia, seja na redemocratização onde a maior parte da população era analfabeta e não sabia que mais importante que ter educação é ter educação de qualidade, com crianças e jovens que não vão à escola somente por ir, mas que aprendem aquilo que lhes é passado ou ensinado.

Um dos principais fatos que levam a educação no Brasil a beirar o caos é a cultura existente aqui, de acreditar que a educação, educação aqui na figura do ensino, não é uma prioridade, pois as pessoas acreditam que certas coisas materiais e mesmo o dinheiro tem mais valor que aquilo que o saber, ou que aquilo que se aprende, é uma tradição o povo brasileiro ver com maus olhos a educação, basta lembramos que hoje quem é honesto é tido como bobo, ingênuo, e que o larapio tem titulo de esperto, as vezes de gênio.

Aqueles mais otimistas podem dizem que no Brasil é clara e evolução na educação, pois desde o fim da ditadura se aumentou muito a parcela da sociedade que tem acesso a educação inclusive com acessos a faculdades, com sistemas de cotas e de financiamento publico da educação e que as vezes chega a ser total e em outras o formando após diplomado devolve ao estado aquilo que lhe foi emprestado para se alcançar a graduação.

Consenso, e verdade, é que hoje bem mais pessoas estão alfabetizadas e as oportunidades para aqueles que querem estudar existem, excluídos alguns problemas como ENEM, fraudes na merenda, na aquisição de livros e no transporte dos alunos, a educação no Brasil relativamente melhor em todos os aspectos, e toda pessoa que queira estudar e se esforce o mínimo, com base naquilo que se deseja de um estudante, consegue ter uma educação satisfatória.

Porem quando se olha os dados da educação no Brasil um pouco mais a fundo, se vê que não há em solo tupiniquim esta vantagem toda na educação, pois mesmo aumentando muito a quantidade de pessoas que tem acesso a educação, também se aumentou substancialmente a quantidade de pessoas que são analfabetos funcionais, ou aqueles que quando lêem um texto não sabem distinguir o que esta escrito ou interpretar para associar o texto a vida pratica.

Novamente os otimistas podem dizer que evoluiu muito, pois hoje no mínimo são analfabetos funcionais, ontem nem analfabetos funcionais eram, é de fato isso é uma verdade, mas é uma melhora como esta deve ser comemorada?

Pior que se comemorar situações como esta aqui retratada é o fato de se aceitar no Brasil que uma parcela da sociedade simplesmente não tem educação de qualidade e que isso é normal, praticamente uma tradição, publico e notório é que uma fração da sociedade pelo simples fato de ter estudado em escola publica pode se beneficiar com cotas em faculdades, podendo mesmo sendo menos qualificado, ou tendo menos educação, ocupar vaga em universidade e faculdades a titulo de cotas. E estranhamente se vê bem mais gente defendendo as cotas, que lutando para melhorar o ensino nas escolas publicas fazendo assim com que os alunos concorram em pé de igualdade.

Talvez no próximo dia da educação tenha o Brasil algo mais a comemorar, porem enquanto professores não forem valorizados e ser desonesto for mais vantajoso que levar uma vida de justiça, qual motivação tem um jovem para tentar estudar. No Brasil o problema da educação esbarra muito mais nas pessoas não terem o básico que na educação direta.

Em um país onde falta tudo, de dignidade a bons exemplos, pode se acreditar que é um milagre algum jovem ainda ir na escola para algo alem de merendar e cantar os (as) colegas de sala. Bem veremos no próximo ano que se tem para comemorar no dia da educação.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

Fica a Dica.

Desarmar o cidadão não é solução.

Desde o atentado, onde um atirador adentrou a escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, e assassinou brutal e cruelmente 12 adolescentes, e ainda feriu vários outros, vem a classe política fazendo uma campanha aberta para que já no Outubro próximo novamente se realize no Brasil um referendo questionando a opinião do povo sobre a possibilidade, ou não, de se proibir a venda de armas de fogo legalmente para a sociedade civil.

Iniciativas como esta adotada pelos políticos no calor de um atentado, sem qualquer fundamento técnico ou cientifico, faz a população pensar onde estavam os defensores do desarmamento nos últimos anos. Incentivar, agora, que se pare de vender arma de fogo, é tão questionável quanto a atitude de um personagem de uma estória que se conta na Juína – MT. Reza a lenda que o cidadão chegar a sua casa e acha a esposa copulando com um estranho no sofá, tomou como providencia para evitar nova traição o ato de jogar o sofá pela janela, pois seria o móvel o culpado pelo adorno que a esposa colocou na testa do cidadão.

Geralmente os governantes fazem estas artimanhas, em um momento de forte comoção social, alias como acontece agora, se colocam contra a violência alegando que barrando a venda de armas de fogo imediatamente diminuiria a quantidade de mortos pela violência, adotando assim a saída dos covardes, ou para algum extremista a opção dos medíocres, pois ao invés de buscar a causa do mal, simplesmente faz uma medida paliativa que como nuvem de fumaça tira a atenção do fato principal.

Porem triste verdade é que proibir a venda de armas, tentando diminuir a violência é como passar uma pomada buscando curar uma fratura exposta de fêmur. Melhor seria que os Ilustres Políticos atacassem os reais motivos que fazem com que a violência aconteça. Esquecem os governantes que sempre segurando uma arma que faz uma barbaridade há uma pessoa, e usando frase feita “armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas”.

Importante é se pensar quais fatos fizeram com que aquele atirador entrasse na escola e atirasse nos alunos, ou ainda, quais efeitos teria a proibição da venda de armas de fogos se de fato evitaria que novas tragédia como aquela acontecessem. Desconsideram aqueles que defendem a suspensão da venda de arma de fogo que o atirador usava duas armas ilegais, uma com numeração raspada e outra que possivelmente é fruto de importação ilegal.

Existem no mínimo 100 motivos para não se proibir a venda da arma de fogo, porem mais importante que enumerar cada um deles é saber que, necessário é proibir trafico de armas de fogo que entram pelas fronteiras abandonadas do Brasil, coibir o trafico de drogas que financiam geralmente a entrada das armas ilegais, dar apoio as pessoas dependentes químicas ou aqueles que têm problemas de saúde, principalmente mentais, pois talvez assim o governo alcançasse a meta de diminuir a violência na prática, porem projetos assim sequer fazem parte de qualquer plano de governo ou são prioridade para diminuir a violência.

Fatos como a impunidade e a total ausência de políticas publicas sérias que dêem qualidade de vida ao povo, qualidade esta que advenha de um trabalho, digno e honesto, e não de uma beneficia feita por uma lei, simplesmente para legalizar a compra de voto, também contribuem para a violência, talvez até sendo estas as reais causas dos crimes, imagine caro leitor a situação vivida por um jovem qualquer que não tem limite, pode fazer aquilo que bem entende, sem que ninguém lhe barre ou faça oposição, sem ser punido ou condenado.

Não cabe a este texto numerar outras formas que poderia aquele que cometeu crime realizar-lo, caso não tivesse as arma de fogo, mas com certeza existem formas tão eficazes e até de um resultado mais eficiente, que aquela adotada por ele, pois na verdade o atirador estava disposto matar as pessoas, sem motivos ou justificativa então não pouparia esforços ou meios para realizar o crime.

Porem de forma alguma proibir a compra e o uso de arma de fogo, registrada e legal, vai barrar ou sequer diminuir os crimes que qualquer pessoa queira realizar, pode no maximo dar ao criminoso a certeza que a vitima não tem defesa.

Mau comparando, quantas vezes nos últimos tempo você viu um político criticando a qualidade das estradas e os motoristas que dirigem sobre efeito de drogas, licitas ou não, pois bem, se amanha acontecer uma tragédia por qualquer destes fatores no momento seguinte surgirão oportunistas falando de CPI, viram as ruas dizerem que tem enrijecer a lei seca, que seguindo uma ou outra forma milagrosa vai se diminuir os mortos no transito, mas infelizmente mesmo sendo tragédias anunciadas o brasileiro só fecha a porta depois de roubado, hoje não há um político sequer que esteja preocupado com estes problemas no Brasil.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

Antes de se render, é dever lutar. Gostaria que você lesse e comentasse este texto, se não quiser aqui comente por email.

Este texto será feito em forma de uma historia, praticamente uma parábola, veja que na primeira parte do texto só estará sendo tratado de suposições e serão hipóteses tudo aquilo que é descrito, bem imagine Ilustre Leitor que em um país tropical imaginário as Leis ambientais que não condissessem com a realidade vivida pelo povo estivessem impedindo a produção de alimentos nas terras férteis lá existentes.


Qual seria a reação do leitor caso hoje os produtores rurais daquele país que lutam pelo direito de produzir em suas terras, resolvessem se armarem e com varias iniciativa populares criassem três frentes de luta para defender o direito sagrado de tirar da terra sustento, direito este que é garantido na Constituição Federal daquela pátria sobre o nome de função social da propriedade agrícola.

Instalada a força revolucionaria os lavradores dividiriam sua luta em três frentes a primeira que invadiria bancos e roubando dinheiro com o qual se pagaria as dividas dos produtores, uma segunda que seqüestrando políticos e pessoas influentes obrigaria o governo e as grandes mídias a ouvir os guerrilheiros e a ultima frente formasse uma rede de logística, dando apoio as duas primeiras iniciativas e ainda arrebanhando novos seguidores a causa daqueles que se dizem injustiçados. Seriam uma guerrilha tão quais as FARC’s.

Estando constituída a nova força, formada por produtores e defendidas por aqueles que acreditam ser necessário que o país produza alimentos e ainda por aqueles que se alimentam todos os dias, alem daqueles que acreditam que a produção garante no mínimo renda população e impostos aos cofres públicos, alem de garantir com alimento barato, a segurança alimentar de 30 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.

Entidades como Associações Classistas, Centrais de Trabalhadores no campo e daqueles que beneficiam a produção rural também aderem a defender a causa dos produtores. Estando constituído e representado por muitas autoridades inclusive com a frente ruralista no poder legislativo já tendo defendido a idéia da nova força, o Governo Federal não mais poderia fazer vista grossa aos produtores.

Já em um caminho sem volta e com receio de ter sua credibilidade ou poder tirado pelos produtores o Governo Federal resolve então criar uma grande reserva ecológica que abrangeria varias áreas de produção, usando uma policia especial, algo como uma Força Nacional de Segurança Pública para retirar os produtores, prendendo e segregando aqueles que defendem a liberdade de produção.

Como os produtores são despreparados e sem apoio, o Governo Federal repreenderia e conseguiria vencer o levante popular, obrigando o movimento a se desfazer, porem a sociedade após ter conhecimento e sabendo que a causa defendida pelos produtores é justa e necessária, passaria a defender também a causa e passados 30 anos, por exemplo, a liberdade de produção seria reconhecida, com normas e regras claras.

Assim sendo os mesmos produtores que antes eram considerados terroristas e agitadores ingressariam nos tribunais, alegando terem sido injustamente caçados e condenados, com uso de força excessiva, pedindo, e ganhando, uma justa indenização e pensões vitalícias tanto para aqueles ainda vivos quanto para os que tiveram suas vidas ceifadas defendendo a causa do direito a produção.

Voltando a realidade, como foi dito no inicio, este texto até aqui foi escrito usando uma revolução hipotética, mas sempre é necessário lembrar que no passado houve em solo brasileiro, uma revolução muito parecida com esta, onde as pessoas lutavam pelo direito de votar, de eleger seus governantes e de ser livre e querendo o fim, dentre outras repressões, da famigerada censurar.

Talvez o texto esteja um pouco confuso, mas sintetizando a idéia, ele quis expressar a você leitor o quanto uma opinião ou versão pode ser interpretada de maneiras diferentes ou ainda como as pessoas, e a sociedade, com o passar do tempo mudam seus entendimentos transformando algo que é tido como 100% verdadeiro em uma meia verdade ou ainda uma total mentira descabida.

Porem o povo como cabeça pensante que é não pode se deixar levar, seja, pelo radicalismo ou ainda pelo comodismo, pois sempre que isso acontece, as pessoas abrem mão do direito e dever de pensar, aceitando aquilo que lhe é imposto como uma verdade suprema, tão qual a vaca que vai ai frigorífico e encantada com as luzes acaba nem mesmo se atentando para um abate próximo, o povo que acredita em frases bonitas e idéias novas, sem sequer questionar se de fato aquilo é necessário ou verdade, é reprimido.

Este texto não foi feito para dizer quem estava certo a época da ditadura ou julgar os rumos que tomou a política e o Brasil desde então até os tempos atuais, porem necessário se faz pensar leitor se de fato a idéia que o governo lhe vende enlatada, e como sendo o ovo de Colombo, é a melhor para você, sua família e seus filhos, pense se foi isso que você idealizou para o hoje e ainda para o futuro.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

Juína - MT.

Costumo dizer que sou Juinense, por gostar de mais desta terra.

Fica o brasão da cidade para que não conheça.

Exijo que Vossa Senhoria respeite minhas opiniões, e rechaço de todo plano as Vossas opiniões.

Em pleno século XXI onde palavras como Assedio Moral, Danos Morais, bullying, Respeito as Diferenças e outras expressões, que os governantes e a grande mídia vendem ao povo como sendo a evolução do politicamente correto, viu-se na ultima semana, e ainda neste inicio desta semana, com uma repercussão absurda, dada a importância que o assunto tem, quanto as declarações do Deputado Jair Bolsonaro, que foi contundente quanto a não gostar de negros e de gay dentre outras minorias.


Desde então com grande estardalhaço os movimentos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTTTs) criticaram, pedindo que fosse o Deputado crucificado e exposto em praça publica após o sacrifício para servir de exemplo a todos aqueles que queiram de qualquer forma serem contrários ou que fizerem oposição a liberdade sexual, de opinião ou aos benefícios que tentam colocar em situação de igualdade as minorias e o restante da população.

Interessante é a contradição existente nesta situação, pois algumas pessoas que impunham a bandeira do politicamente correto dizendo que todas as minorias têm que ser respeitadas, que ser diferente é ser legal, que cota para negros e a os avanços na luta contra a homofobia são fatos históricos que fazem do Brasil um país melhor para esta e para as futuras gerações e ainda que tais avanços têm que ser considerados como evolução social e antropológica da população brasileira.

De fato os Direitos a Liberdade são direito que devem ser respeitados, não pode ninguém ser descriminado ou considerado de uma classe inferior ou desonesta por suas opiniões, pela cor da pele ou ainda por ter uma opinião diferente daquele de outras pessoas. Todos têm, ou no mínimo deveriam ter, direito a expressar livremente sua opinião e opções desde que na exposição de suas idéias não incentive agressão ou a descriminação social, ética e racional.

Porem um grande contra-senso é visto em algumas opiniões expressadas contra o pronunciamento do Deputado Federal Jair Bolsonaro, pois estranhamente, para aqueles que não são alienados pelas frases feitas dos discursos politicamente correto, as mesmas pessoas e instituições que defendem arduamente o direto a liberdade sexual, religiosa, de expressão e racial condenam de todas as maneiras, repudiando com veemência a opinião do Deputado.

Mas espere ai, eles não defendem a liberdade, dizendo que todos têm que respeitar as opções e diferenças aceitando e mais que isso não vende a idéia de que as diferenças das minorias raciais e sociais têm que são normais. Então como pode alguém que se diz politicamente correto condenar a criminalizar alguém que expressa sua opinião de maneira ríspida, talvez afoita e impensada para algumas pessoas, mas também de maneira legal e ordeira, e principalmente sem incentivar que outras pessoas descriminem ou façam o mesmo, porem enfatizando que é a opinião dele.

Em palavras de Tim Maia “o Brasil é o único pais no mundo onde prostituta se apaixona, cafetao sente ciúmes e traficante é viciado”, e depois desta ultima polemica levantada pelo CQC com o Deputado, pode ser acrescentado a esta frase mais um trecho dizendo que no Brasil “quem defende a liberdade de expressão, censura aquele que tem opinião divergente a sua”.

Porem mais preocupante que tudo isso é o fato de estar se criando no Brasil o entendimento que as pessoas tem que ser apáticas, não podem ter uma opinião formada sobre qualquer assunto, devendo se bitolar naquilo que é politicamente correto ou que se propaga em uma fase ou época no país, fato é que ate 30 anos eram recriminados os comunistas e pessoas que defendiam a liberdade sexual, hoje são recriminadas pessoas que acreditam ser errado ser gay, ou que não defende o sistema de cotas para afro-descendente.

Pode o povo brasileiro estar criando, ou ainda estar deixando que seja criado e eles apenas avalizem, a pior situação possível em se tratando de liberdade de expressão, onde as próximas gerações serão consideradas racistas e agitadoras apenas pelo fato de pensarem de expressarem sua opinião, defendendo suas próprias idéias, que divergem daquela propagada pela grande massa.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com