A cada dia mais
vem a mídia políticos e artistas, que resguardadas sua proporções são
formadores de opinião, colocar em evidencia discussões a serem debatidas pela
sociedade, a do momento é a legalização das drogas em principal o uso da
maconha. Os favoráveis a descriminalização dizem que a maconha é uma droga
“leve”, e que a ninguém interessa continuar criminalizado o uso daquela
substancia. Com argumentos que em simplório entendimento, deixa claro que a
droga assim como álcool ou tabaco tem reduzido poder ofensivo. Os contra a
descriminalização alegam que a droga é prejudicial a sociedade e em especial
aos jovens que são as maiores vitimas do vicio. Mas a questão principal é: a
quem interessa tal discursão?
Sabendo qualquer
pessoa que o Brasil tem falhas graves em sua infraestrutura, dispensando
maiores comentários quanto a isso bastando que se remeta o pensamento as obras
da “Copa do Mundo”, bem como que é governado por políticos que não dão a mínima
para seus comandados, também restando explicita tal realidade quando os
políticos só buscam o povo na hora de colher o almejado voto, novamente vem a
pergunta: a quem interessa a discursão quanto a legalização da maconha?
Publico e
notório é o fato de já ter sido afrouxado o cerco ao uso de drogas, ficando
evidente esta afirmação quando na legislação brasileira o usuário não é punido
pelo consumo de droga ilícita, recebendo mera assistência na qualidade de “viciado”,
entendimento este, que serve até mesmo como excludente de ilicitude para ato
mais gravoso por ele praticado, vez que o usuário é taxado como doente. Desta
forma, aquele que consome droga, esta seguro pra o uso indiscriminado da
substancia, e quando abordado pela Policia, poderá em seu beneficio usar a
máxima “sou usuário”.
Sem aprofundar
na logica, ou relevância, de cada argumento, contra ou a favor da
descriminalização do uso de drogas, vez que para isso necessário se faz ter
conhecimento sobre o tema e fundamentos técnicos que devem robustecer a opinião.
Novamente vem a pergunta: A quem serve a discursão quanto a descriminalização
da maconha?
Já desde a
redemocratização do Brasil, comumente tentam os Governantes criar um clima de jogo de futebol entre a
população, onde colocam em “torcidas” diferentes cada opinião, lembrando fatos
foi assim quando na época da privatização não se discutia quanto a apagões
elétricos, ou ainda quanto a linha de telefone ser um bem muitas vezes incluído
no rol de bens a serem partilhados em inventario, somente se dizia quem era a
favor ou contra a privatização.
Novamente quando
do referendo da liberação, ou não, do uso de arma de fogo não foi discutido
quanto a segurança publica prestada de forma pífia ou ainda quanto ao bandido
ter a liberdade de praticar crime sem o menor medo de ser punido, novamente só
se discutia quem era a favor, ou contra, a liberação do uso de arma de fogo.
Da mesma forma,
quando foi criada cota para negros, ou como alguns preferem minorias, nas
faculdades publicas não foi discutido a educação péssima oferecida nas escolas
ou o descaso dos alunos ante os professores e o ensino, novamente foi a
população dividida entre os que apoiavam as cotas, para as minorias, e os que
defendiam que todos concorressem a vagas de forma igual.
Agora, no caso
concreto da legalização da posse, uso ou consumo de drogas, novamente esta a
população brasileira dividida, gastando precioso tempo e pensamento, entre os
que acham que o toxico deve ser liberado e os que defendem que drogas devem continuar
proibidas, já foram portando criados dois grupos um primeiro que critica o uso
de drogas atribuindo a ela uma fração da precária realidade vivida pelo povo
brasileiro, principalmente os jovens, e aqueles que defendem ser a
descriminalização a forma mais eficaz terminar com o vicio, vez que não sendo
crime acabaria a figura do traficante que motiva o uso da droga. Mas novamente
vem a pergunta: a quem interessa a discussão quanto a se as drogas devem ou não
continuarem criminalizadas?
A resposta para
isso resta evidente acima, a divisão da sociedade, quanto ao apoio ou repudio
da legalização do uso de drogas interessa principalmente aos políticos e a
mídia.
Aos primeiros
interessa a discussão, pois eles criam currais eleitorais, seja com os que são
a favor, seja com aquele que são contra, colhendo do eleitor que está dividido
o preciosos voto, e ainda, interessa ao politico, pois enquanto a população se
divide em discussão irrelevante não tem união para cobrar dos Governantes
serviços de qualidade, seja na prestação de serviços (privatização), educação
(cotas minoria), segurança (uso de arma de fogo) e da justiça (uso de drogas).
Fato é que
enquanto a população se divide, e os lados estão se digladiando, os políticos
estão unidos para pilhar os cofres públicos, seja do partido A ou B, para
superfaturar obras e se preocuparem única e exclusivamente com seus próprios
interesses, sem a supervisão do povo que está distraído brigando por bobagem.
A segunda
interessada é beneficiada com audiência, que lhe vem de maneira fácil sem
precisar defender uma causa, bastando lançar ideias vagas, discussões bobas,
programas irrelevantes que não agregam qualquer opinião ao tema, mas que
dividem a sociedade. Também se beneficia a mídia, quando não tendo que cobrar
do Governante um posicionamento, podendo assim vender propaganda, pintando para
o publico um país perfeito, ao gosto do Governante, que naquele momento esta no
poder, sem precisar abrir uma critica que leve o povo a pensar naquilo que de
fato importa ao país que é a melhora da população em um todo.
Desta forma,
enquanto a população brinca de cabo de guerra dividida em grupos, mídia e
Governo fazem o que bem querem, no caso do uso de drogas a criminalização, ou
não, é irrelevante. Precisariam sim os Governantes de estarem discutindo pena
para quem cometa ilícito no efeito de toxico e programas para incentivar o não
uso de drogas, mas isso fica em segundo plano, como se a criminalização, ou
não, fosse o principal tema a ser discutido no Brasil. E mais que isso, da a
impressão que o Brasil esta maravilhoso, pois o povo gasta seu tempo discutindo
a descriminalização, ou não, do uso de drogas.
Eugênio Barbosa
de Queiroz.
É Advogado,
pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas,
sugestão para textos eugeniobq@gmail.com