sábado, 26 de março de 2011

Jamais o dinheiro comprará a felicidade.

A frase mais popular quanto a felicidade, é a batida, “dinheiro não compra felicidade”, geralmente ela é usada no sentido de dizer que a pessoa que tem o dinheiro não pode ter felicidade ou que quando alguém fica muito preocupado em ter dinheiro se esquece que a felicidade é algo que não se pode comprar ou adquirir. E por fim a usam no sentido de que ou a pessoa tem a felicidade ou o dinheiro, em uma alusão a ser impossível uma conciliação onde se tenha as duas coisas.


Ocorre que a felicidade não é um objeto, ser feliz não é palpável, ou mesmo possível de ser definido, assim como não pode ser uma única realização talvez felicidade seja um estado de espírito ou para quem seja mais incrédulo seja uma ilusão que as pessoas criam como meta, pois acreditam que se ela fosse alcançada a vida seria melhor ou perfeita, porem geralmente é algo quase, ou sempre, inalcançável.

Não é fácil de entender as definições que as pessoas tentam fazer para aquilo que acreditam ser felicidade, bem como é difícil distinguir as escalas da régua que mede o relacionamento, dizendo qual relacionamento duas pessoas têm, quando é ficar, quando é uma paquera, quando é namoro, quando vira casamento, fato é que as pessoas então sozinhas ou com alguém, sem necessariamente se ter uma classificação. Geralmente quando se fala em felicidade a primeira coisa que vem a mente é o fato de que acreditamos ser a felicidade uma grande realização ou algo que tenha todo um glamour com pompas e circunstancias.

Porem quando se deixa de lado o conceito já criado de felicidade plena, representado pela família de comercial de margarina ou a criança linda brincando na lama em uma manha de sol com flores na janela como na propaganda de sabão em pó, pode-se pensar que a felicidade é representada por momentos simples, como o primeiro beijo na namoradinha na frente do portão da escola, ou um dia em que a mãe consegue folga para ir ver o coral do seu filho, que canta desafinado e sem nenhuma regência, na escola; ou para quem gosta de sonhos maiores pode também ser o dia que você compra seu primeiro carro ou sua primeira Ferrari, é uma questão de realizar um desejo, que pode sim ser considerada felicidade.

Porem felicidade não pode ser medida em uma única realização ou um fato isolado, ela só pode ser mensurada em um conceito onde a pessoa pode ou não ser feliz dependendo de um conjunto de coisas, pois sempre que alguém coloca um ponto de intransigência, por exemplo, acredita que ou se é rico ou se é feliz acaba deixando uma das duas possibilidades de lado, e enquanto alguns acreditam que é impossível ser rico e feliz para outros a riqueza é a felicidade, mas fato é que são instituições ou necessidades autônomas que não podem serem vinculadas.

Outro erro que costuma acometer as pessoas é acreditar que realizar tal meta lhes trará felicidade, você com certeza já pensou “quando tiver tal idade serei feliz”, mesmo assim quando alcançou aquela idade, não mudou nada em sua vida. Pior ainda é quando para chegar meta desejada se tem que abrir mão de alguma coisa, pois as renuncias acabam lhe roubando a felicidade que deveria ser alcançada quando realizasse o objetivo, claro exemplo disso é aquele que se dedica exaustivamente ao trabalho e fica triste por não ter tempo para a família, ou ainda o oposto que se entrega ao ócio e constantemente é corroído pela tristeza por não ter uma renda que garanta o custeio de um tratamento de saúde para um dos seus filhos.

Assim sendo felicidade é a arte da temperança, algumas coisas que ajudam as pessoas a serem felizes: não querer mais que se pode conquistar; não criar expectativas maiores que as possibilidades reais; e principalmente ser perseverante, não se deixar abater pela tristeza talvez esta seja a formula da felicidade, pois para se alcançar a felicidade você não precisa abrir mão de nada, tão pouco precisa viver buscando algo que nunca vai alcançar.

E caso algum dia alguém lhe diga “dinheiro não trás felicidade”, responda a ela que de fato o dinheiro não trás felicidade, mas também é fato que ser pobre também não lhe fará felicidade.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

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