terça-feira, 7 de dezembro de 2010

E começa a estação das chuvas.


Estranhamente no inicio do mês de Dezembro de 2010, iniciou a estação das chuvas, esta semana já vi no noticiário bairros alagados, o povo usando partes de uma geladeira como barco, a defesa civil retirando famílias de área de risco, todas as mazelas que somos acostumados a ver no período chuvoso, infelizmente em todos os períodos chuvosos de todos os anos.

Algo que já era plenamente previsto, tinha 100% de chance de acontecer e nossos políticos novamente deixaram de lado. Em um ano de eleição tomada por discussões sobre quem era a favor de casamento homossexual, a defesa ou repudio do aborto e ate mesmo qual candidato tinha uma religião definida ou não. Simplesmente esqueceram que tinham que traçar metas para um país que tem 190 milhões de habitantes.

Pagamos agora por aquilo que realmente deveríamos ter discutido, ao acreditarmos, nós eleitores, que só fazemos parte da política no dia de depositarmos nossos votos, assumimos o lugar da parte mais frágil da política, pois das decisões que os políticos tomam, daquilo que geralmente é feito no apagar das velas entre uma legislação e outra advêm a real administração do Brasil.

Talvez alguns estejam achando que sou louco, as vezes também congratulo com este pensamento, de estar aqui falando de política, já no fim do ano, em época de 13º salário, panetone, que não são como os do Arruda, e com os pensamentos já todos no ano de 2011. Porem não sei em que cidade você mora e vou fazer uma previsão, mesmo sem bola de cristal, ai na sua cidade, estado e no Brasil ainda não foi votado o orçamento de 2011, veja que faltam 15 dias para o fim do ano político e mesmo assim ainda não votaram. E os ilustres parlamentares só podem entrar em recesso após a votação do orçamento.

Estranhamente os mesmos parlamentares que teoricamente não fazem nada o ano todo, daqui alguns dias terão que fazer reuniões ou sessões, extraordinárias, para aprovarem o orçamento que de fato é a única coisa que deveriam fazer. Parece brincadeira, mas não é. Entendo que devemos este fato esdrúxulo a forma de governo onde o ente executivo precisa de um cordão umbilical precisando sempre barganhar com cada bancada, do legislativo, a aprovação do orçamento do ano seguinte.

Mas fato é que não podemos agora que passou a eleição nos segarmos com o natal e fim de ano, depois já vem o carnaval e emendamos novamente uma segregação de nosso senso critico onde não sabemos de fato que porque de somos eleitores. Pois votamos sem saber quem é o candidato e somos governados por aqueles que parecem não saber quem foram os eleitores que o elegeram.

Por outro lado, se você vendeu seu voto, desconsidere tudo que disse, afinal, eleitor você não pode reclamar tão pouco se lastimar, quando o candidato comprou seu voto ele pagou por aquilo que ele queria e agora esta usufruindo de um produto que ele adquiriu. Tão qual o açougueiro que leva rés para o abatedouro ele agora pilha seu voto, sem qualquer conseqüência ou arrependimento, ético ou moral, afinal que moral tem quem compra ou quem vende voto.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

escolha o que gosta.

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