terça-feira, 9 de agosto de 2011

E se os EUA quebrarem? o resto do mundo tem força para se sustentar?

Com os novos rumos da finança mundial e a crise econômica de 2008, que outrora foi marolinha, derrubando a bolsa brasileira próximo de 02 dígitos, talvez seja hora de se pensar qual será o futuro econômico do mundo, pois caso os EUA decretem uma moratória, deixando de honrar os títulos da sua divida publica, na monta de US$ 14.000.000.000.000,00, que tem espalhados pelo mundo qual será o efeito para o mundo e para a economia mundial.

O mundo aprendeu a ser antiamericano, sentimento que movido no inicio pelo ideal socialista de alguns e posteriormente a isso pelo sentimento de inveja que nutrem os países pequenos pela maior nação do mundo, seja em consumo ou em produção de idéias, ou ainda pelo poder que detém os EUA, tal sentimento agora faz com que muitos ao redor do mundo comemorem os problemas financeiros dos EUA, talvez na crença de que a morte do gigante capitalista ajudara a todos, inclusive aos emergentes serem grandes.

Porem o grande cair não significa que o pequeno vai crescer, e usando por base a historia é mais fácil o grande que caiu se levantar que o pequeno crescer, usa-se como exemplos o Japão e Alemanha que mesmo devastados no pós-guerra, e voltaram a ser economias e países grandes e desenvolvidos antes de países como Brasil ou África do Sul se desenvolverem sequer a ponto de deixarem de ser emergentes ou que detém sua maior renda da venda de commodities.

Caso aconteça a moratória dos EUA, algo que já foi descartado com o aumento da divida publica daquele país, os maiores prejudicados não serão os americanos, mas será sim o mundo, a divida dos EUA tem quase que em sua totalidade como credores países menores que confiando na solidez dos títulos emitidos pelos EUA compraram tais títulos para usar-los como reserva e lastro para sua economia.

Assim sendo o problema de credito americano prejudicara muito mais países como o Brasil que investiu suas reservas nos títulos emitidos pela divida publica dos EUA, que aos americanos, pois a economia americana continuara grande, com negociações milionárias e empresas que dominam o mundo, basta pensar em tecnologia ou refrigerante para se lembrar que não há qualquer chance de quebrar, porem países como o Brasil sofrerão uma desvalorização monstruosa em suas reservas, ressaltando ainda que tais reservas foram feitas com cortes no orçamento que refletiram diretamente na baixa qualidade da infra-estrutura e da saúde brasileira, assim sendo o Brasil já foi prejudicado tendo que fazer suas reservas e será ainda mais com uma desvalorização do pouco que tem.

Todavia muito pior que tudo isso já ressaltado aqui é o fato de que o Brasil caminha a passos largos para o rumo que hoje estão os EUA, com uma população acostumada a gastar muito, dependente do Estado e pendurada em dividas impagáveis, e basta lembrar que para o mundo não há necessidade de a economia brasileira ser salva, ou seja, em caso de uma moratória brasileira ninguém terá interesse em recuperar a economia domestica daqui, não haverá queda das bolsas mundiais, tão pouco os jornais do mundo estamparam isso na primeira pagina.

Portando se você esta comemorando a crise nos EUA lembre-se que o Brasil só tem a perder com ela, seria o caso de o povo brasileiro aprender com tal crise e buscar formas ou jeitos de o Brasil não cair em uma crise como aquela vivida lá.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

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