terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ele merece seu voto?




Passadas as eleições municipais, se cria um novo senário, já se discutindo a eleição para Presidente, e demais cargos que compartilha do mesmo preito eleitoral, onde os derrotados nas eleições municipais, e os reeleitos nelas, já se projetam como pré-candidatos aos mais diversos cargos, vez que politico, vive de cargo publico e no Brasil se aceita com complacência que politico seja profissão.

Os reeleitos, poderosos que são, vez que conseguiram se eleger e mesmo com o desgaste de mais de 3,5 anos no poder, conseguiram agora se reeleger, os derrotados, por entenderem ter “nome forte” já almejam novos cargos, vez que hoje estão desempregados.

Porem um dos principais pontos a serem discutidos pelos cidadãos, como eleitores que são, é o que alguém deve fazer, ou ser, para merecer seu voto, quais características um candidato deve ter para que você deposite nele sua confiança de administrar sua vida pelos próximos 04 anos, é algo que incomoda aqueles que pensam antes de votar, pois quais características devem ser analisadas quando se escolhe um candidato.

Sabendo que voto de protesto é a pior coisa que um eleitor pode fazer, vez que além de não resolver os problemas já existentes ira com certeza lhe trazer outros, resta pensar “que característica faz alguém merecer meu voto?”

Desta forma os mais diversos motivos fundamentam a decisão do voto, que pode ser de piedade, vez que beneficia pessoa que tem menor poder aquisitivo, ou ainda aquele que por ter uma deficiência física ou problema de cunho pessoal e que não pode ter uma vida laborativa. Na mesma linha resta o candidato “amigo” que passa a vida toda dando tapinhas nas costas dos eleitores e que coloca como sendo amigo de todo mundo, que muitos entendem por ser mais “humilde” merece o voto para se eleger.

É de se pensar, se vota o eleitor buscando ajudar alguém a titulo de assistência social, ou se seu voto vale para fazer um amigo ou para manter as amizades já existentes, talvez um grito por melhores políticos via voto de protesto ou se vota o eleitor buscando eleger um governante, felizmente, em linhas gerais, na democracia, aquele que for mais votado, independente de seus votos serem oriundos de protesto, de piedade ou de ingenuidade dos eleitores, vai governar e assumir o cargo que pleiteia.

Logo após esta primeira analise vem um pensamento, se vota o eleitor por protesto, ou para ajudar um candidato menos favorecido, ou ainda vota para um amigo, como pode este eleitor cobrar que ele faça uma boa administração, quais critérios seriam levados em consideração para julgar a boa administração, vez que o eleito não foi votado para ter uma administração, mas por características que destoam de qualquer logica.

Desta forma resta prejudicada qualquer tentativa de se cobrar do eleito que ele honre os votos recebidos, que defenda uma bandeira, vez que não esta no cargo por ser um idealista, ou por ter um plano de governos, mas sim, ocupa a cadeira por uma característica que nada tem relação com o cargo.

Nos últimos tempos surgiu ainda uma nova leva destes candidatos, aqueles que por “prestarem” algum serviço se intitulam paladinos da justiça e desde então se lançam a cargo eletivo, como se tal fato lhe legitimasse a ganhar um voto.

Vê o Brasil tal realidade quando um promotor por ter desarticulado uma quadrilha, ou quando um delegado por ter realizado uma operação, daquelas com nomes mirabolantes, se lança candidato e se elege tendo no curriculum somente o fato de ter participado de tais atos,  entendendo que por ter feito um serviço certo pode se habilitar a um cargo eletivo.

Nos últimos meses, especificamente nas ultimas semanas, tem o Brasil presenciado uma situação no mínimo interessante, onde o Ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, que lá chegou por merecimento, sem qualquer viés politico ou sem ser conduzido a corte via uma “cota racial”, é cogitado nas mídias sociais, como um pré-candidato a futuro presidente da republica, com diversas situações e pessoas atribuindo a ele o direito de ser candidato a presidente.

Porem mesmo o Ministro sendo homem honesto, de moral Ilibada, competente para o cargo que ocupa e tendo feito justiça no celebrado julgamento da Ação Penal 470 (mensalão), de fato tem o Ministro o tino politico que o cargo existe? Ele ter exercido com bravura o julgamento do mensalão o da guarida para ser presidente da republica?

É de se pensar, pois mesmo o ministro tendo exercido com maestria o oficio que lhe foi atribuído, ele não merece o voto de alguém, pelo menos não por ter votado bem o mensalão, votar de maneira justa, votar certo foi seu oficio que escolheu o ministro para fazer, sua labuta diária, e exercer ela com maestria, nada mais significa, que ele é capacitado para aquilo que faz.

Prestar um trabalho de maneira certa, não é pré-qualificação para merecer um voto, da mesma forma que todos os demais motivos anteriormente dispostos, é no máximo motivo para se exaltar o trabalho que a pessoa tem feito. E uma bobagem do Brasileiro que até o mês 07 sequer conhecia quem é Joaquim Barbosa e que hoje já o pré-qualifica como salvador da pátria.

Ressalvo que somente as redes sociais lançam o Ministro ao pleito da candidatura, sendo que ele nunca manifestou ou relatou qualquer interesse.

Eugênio Barbosa de Queiroz.
É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

passei uma temporada sem escrever.
por uma coisa ou por outra acabei deixando o blog meio desatualizado.
espero que agora consiga manter ele sempre atual e com coisas novas.

bem quanto ao texto escrevi de forma rápida, apenas para voltar a postar texto.
gostaria que desse sua opinião, sobre o que achou, sobre o que pode melhorar.
bem comente ai.
abraço e obrigado.

escolha o que gosta.

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