segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Brasil precisa ganhar muito com a copa do Mundo.


Para o primeiro texto de 2014, um assunto que como parte de mandala sempre é repetido, os grandes eventos pretendidos para 2014 e 2016, Copa do Mundo e Olimpíadas respectivamente, acontecimentos esportivos estes que poderão ser uma carta de alforria, para que o Brasil cresça e desenvolva seu turismo, bem tenha uma alavanca em suas relações comerciais.

Todos os eventos trarão ao Brasil benefícios que devem ser destacados e aproveitados de maneira exaustiva, a mídia gerada pelos eventos poderá colocar o Brasil em uma rota de turismo, diferente daquelas até aqui vividas pelo Carnaval e Verão e regadas a imagens de belas bundas expostas, que por vezes se transveste de turismo sexual.

Terá o povo que aqui vive, no período entre os anos de 2014 e 2016, diversas chances reais de transformar o sonho de ser a terra do futuro, no país do presente do eldorado de fato, com rios de dinheiro sendo gasto em obras faraônicas espalhadas por todo território, desde as usinas do Rio Madeira, ate os estádios do Rio Grande do Sul e passando pela transposição do Rio São Francisco, obras que de fato geram emprego, renda e desenvolvimento para toda uma região.

Infelizmente os eventos não são somente flores, e trazem em sua essência espinhos, vários sabores outros muitos dessabores que serão gerados, não pelos eventos, Copa do Mundo e Olimpíada, mas sim pelo mau uso do dinheiro público, todas as possibilidades de crescimento apontadas estão ai, abertas ao povo, a qualquer pessoa que de fato queira colher bons frutos.

Porem para cada obra que esta sendo realizada, há um politico corrupto que precisa arrecadar dinheiro a ser gasto na próxima eleição, seja capitalizando por meio de propina ou lançando “favores” a serem pagos pelas empreiteiras no período eleitoral com generosas contribuições para campanha. Da mesma forma que para cada paraíso natural que existe no Brasil existe sim uma região pobre onde as pessoas não terão qualquer beneficio com a Copa do Mundo ou com o as Olimpíadas.

Porem errado é pensar que o problema está na realização dos eventos em terras Brasileiras, os eventos são bons, trazem sim desenvolvimento, turismo e obras para o país, tais beneficias serão experimentadas por toda nação que ira recebe dois grandes eventos, que deixaram aqui além da cultura, solidariedade, união, renda, turismo e obras que de maneira direta beneficiam desde o vendedor de sorvetes até o dono da empreiteira.

Todavia o “Jeitinho Brasileiro” infelizmente é capaz de destruir até mesmo as melhores intenções, ceifando qualquer possibilidade de desenvolvimento deste país com a realização dos dois maiores eventos esportivos do mundo, seja por o povo está desacreditado, fato é que aquele trabalhador honesto se sente sim incomodado ao ver seus impostos sustentando politico desonesto e pessoas que não querem trabalhar e se escondem em “bolsa isso” ou “bolsa aquilo”, que por mais desumanas que sejam parecem em primeiro momento uma saída dos espertos, ou ainda por aqueles que acostumaram viver da inocência do povo brasileiro, explorando os impostos pagos por aqueles que trabalham.

Fato é que a conquista do dever, sim não é direito, de realizar os eventos no Brasil em pouco mudou o “Jeitinho Brasileiro”, pois como de praxe em obras brasileiras, houve tragédias, atrasos, falta de organização, que levaram aos fatídicos regimes de urgência que explicam, mas não justificam, os superfaturamentos que aconteceram nas obras.

Perde desta forma, este país, mais que dinheiro gasto em obra mal feita, mas que a chance de fazer bonito, perde sim o povo brasileiro a chance de chegar a ser o país do presente, lugar onde se planeja e cumpre, onde politico corrupto é sim punido e preso, não como a exceção vista no caso do mensalão, mas como rotina, para servir de exemplo para os maus e de prêmio para os bons, a simples realidade onde politico desonesto é preso, sem regalia, sem a ajuda dos amigos poderosos para cumprimento da pena.

Infelizmente rotina é o Brasil ser tratado como um bem pessoal, pelos políticos, onde cada um colhe aquilo que lhe interessa, seja o governante que mesmo sendo autoridade é tratado como monarca, podendo tudo, fazendo tudo. Chega hora de o povo brasileiro deixar de lado a picuinha politica que é pequena e começar a pensar no bem do país, defendendo aquilo que é bom e questionando aquilo que não agrega valor, pois mais que uma bandeira partidária os políticos cuidam do dinheiro dos brasileiros, do futuro das crianças e da aposentadoria dos velhos.


Chega a hora e oportunidade principalmente de agora que o “gigante acordou”, o povo tomar de fato o poder, não fazendo uma anarquia, mas sim cobrando do Estado aquilo que é obrigação dele e dando nas eleições o voto justo, pensado e sem interesse pessoal, mas visando um futuro melhor, o futuro que aquele país do futuro pintado nas décadas de 60 e 70 merecesse hoje.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

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