terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Dos filhos deste solo és mãe gentil



A conta matemática simples que determina se uma empresa, família, pessoa ou país vai suprir suas necessidades financeiras é a seguinte primeiro se pega o que ganha depois diminuído o que se gasta, tendo que no resultado sobrar um valor que de para um eventual imprevisto. Simples como a mãe que ao fazer bolinhos, quando faz um para cada filho e mais alguns para uma possível visita ou vontade maior de um dos garotos.

Deveria ser simples assim também a conta para se equilibrar as finanças dos países, afinal são tantas cabeças pensantes, porem não é isso que se vê, basta como prova o fato de a Europa estar “quebrando” e os EUA estarem passando pela pior crise desde 1929, no entanto o Brasil vive dias voando em céu de brigadeiro, pois produz commodities como soja, minério de ferro, algodão e cana de açúcar, produtos estes que são almejadas pelo mundo todo, que necessitada deles para sua subsistência e desenvolvimento; também beneficia o Brasil o fato de ter estações com chuvas bem definidas, solo fértil, e uma iniciativa privada que aprendeu a trabalhar sem qualquer beneficio do Estado e inclusive lutando contra muitas amarras impostas pelos governantes.

Porem até quando o Brasil vai agüentar esta mordomia de viver as dispensas de poucos que nele produzem? Quando se analisa os motivos de a Europa e os EUA estarem tão endividados dois saltam aos olhos como sendo os causadores do endividamento publico, a ausência de trabalhadores comprometidos com o país e a maquina publica inchada e pesada que é sustentada por poucos. Em solo tupiniquim já se incorporou tal pensamento, onde o povo vive do Estado e não o contrario onde o povo banca o Estado que redistribui aquilo que é essencial, saúde, segurança etc.

Na Europa uma das maiores despesas do Estado é o funcionalismo publico, em países como Grécia e Itália, 01 em cada 05 pessoas é funcionaria publica, esta situação dispensa qualquer comentário, veja que já seria algo insustentável se manter uma economia como esta, porem os outros 04, que não são funcionários públicos não se dignam a trabalhar buscando apenas férias, folga e baixa na jornada de trabalho, que já é uma das mais baixas do mundo, em alguns países se chega a uma jornada de trabalho de 36 horas por semana é o caso da França.

Seria ótimo, tudo certo e maravilhoso, muitos funcionários públicos, os que não são, trabalham como hobby, e tendo garantido pelo Estado, saúde, previdência, segurança e qualidade de vida, estaria assim concretizado o sonho de uma justa divisão de renda onde todos teriam seus direito essenciais preservados. Veja leitor que tal realidade não difere em muito da atual vivida pelo Brasil, com seus cabides de empregos públicos respaldados na estabilidade e burocracia, e aqueles que ainda não foram contemplados por um emprego publico e são mantidos pelas bolsas famílias ou pelas aposentadorias injustas concedidas a pessoas que nunca arcaram com o custo de uma previdência.

Porem qualquer economia que viva esta realidade esta fadada ao fracasso, pois a tão falada divisão de renda aproximando o pobre do rico, só se torna possível quando há renda e riqueza a ser distribuída, do contrario iguala entre os cidadãos a qualidade de pobre. Tal realidade já acontece hoje na Europa, onde acostumou o povo a viver alto padrão de vida, sem produzir riquezas que garantam a sustentabilidade da economia e por consequência dos autos padrões de vida então o estado já não pode mais manter todos ricos.

Infelizmente no Brasil não chegou o alto padrão de vida, tão pouco aos serviços públicos de ótima qualidade, porem o povo já aceita como valida a idéia de se viver as dispensas do Estado, pendurados em bolsas ou aposentadorias fraudadas onde pessoas que nunca contribuíram para a previdência se aposentam sobre única alegação que são pobres e precisam de dinheiro para viver.

Uma triste realidade que pode levar o Brasil a “quebrar”, pois no futuro, após todos aceitarem viver sem produzir, chegara o momento que vai falta com o que o país se manter, chega uma hora que acabam as estatais a serem privatizadas, onde a riqueza produzida por poucos que trabalham é insuficiente para manter um Estado inoperante, inchado com políticos corruptos acostumados a receber sem produzir.

Com base naquilo que acontece no resto do mundo, e fugindo da idéia comunista de que se algo deu errado no mundo todo aqui vai dar certo, é hora de o brasileiro pensar em produzir mais, parar de se discutir férias, feriados, aposentadorias na idade mais produtiva de 60 anos e em menor jornada de trabalho, deixar lado o pensamento de “meu patrão finge que me paga e eu finjo que trabalho”, pensamento de Vampeta, para que a pátria mãe não se torne uma mãe que não pode dar a seus filhos aquilo que eles merecem por ter dado aos que não precisavam no momento errado.

Eugênio Barbosa de Queiroz.

É Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental. Militante no município de Juína – MT. Dicas, sugestão para textos eugeniobq@gmail.com

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